Que tipo de cuidador você é?

Superprotetor: habituado a não receber respostas, começa a agir pela criança, faz as perguntas e as responde o que faz com que a criança perca a iniciativa que poderia ter para agir e se comunicar. Não dá oportunidade  para que a criança se manifeste subestimando sua capacidade de interação, portanto compromete o desenvolvimento de aptidões levando-a a tornar-se passiva e imatura.

Sobrecarregado: você nunca tem tempo para sua criança, passa a função de cuidar para outros. Você não sabe ao certo avaliar como estão os cuidados oferecidos à criança, se ela está sendo bem estimulada, alimentada, trocada, higienizada; tampouco se está sendo bem estmulada nos seus aspectos cognitivos, motores e interacionais. Tudo isso por que tem “vários compromissos a cumprir”.

Cansado: você tem tempo, mas não tem muita disposição e nem tem vontade de tomar para si as responsabilidades do cuidado de uma criança com paralisia cerebral. Você delega funções que seriam suas para priorizar seu descanso e seus passatempos.

Liberal: você acha difícil impor limites à sua criança. Acredita que ela já passa por tantas privações por ser deficiente e não vai ser você quem vai proporcionar mais privações a ela, nem em nome de uma boa educação!! Sua criança terá dificuldades de convívio social e na assimilação de regras.

Professor à moda antiga: você impõe o que quer que a criança faça, ditando regras para que ela obedeça e aprenda a brincar da maneira correta. Você propõe a atividade e a realiza, esteja a criança interessada ou não. Costuma dar muitas informações durante a brincadeira, muito mais do que a criança é capaz de assimilar.

Ideal: você separa um momento do seu dia para estar com a criança e tem disposição para brincar com ela. Propõe atividades e espera alguma manifestação que indique se concorda ou não em brincar. Então explica o que vai acontecer, brinca, dá um tempo para a criança participar da maneira que conseguir. Você dá informações compatíveis com a brincadeira, sem excessos e de maneira organizada. Fica atento às suas reações, ajudando quando necessário. 

 

 

Rodrigues, Maria de Fátima A. e Miranda, Silvana de Moraes. A estimulação da criança especial em casa. Entenda o que Acontece no Sistema Nervoso da Criança Deficiente e como Você Pode Atuar sobre Ele. Belo Horizonte: Atheneu 2005, 183p